Friday, December 23, 2011

Enquanto isso, na Era Maia, há uns 2000 anos...

“Kgtnum malacikuon nkgghtser outoracán  (para melhor entendimento do leitor, e após usar um excelente tradutor da internet, vamos escrever este monólogo em Língua Portuguesa. Do começo:)

“Ah, que isso, tá começando a ficar pesado esse meu trabalho... Em plena véspera do maior feriado Maia, a grande celebração no Templo Kulkucãn e eu aqui, escrevendo esse bendito calendário! Aff! E o pior é que faltam muitos mil anos para o Homem inventar algo mais rápido, tipo um... ah, sei lá, algo que você possa computar informações, um computador ou algo do tipo. Quanta injustiça! Já estamos na quinta era, somos o quinto povo iluminado pelo sol e ainda não se tocaram que trabalhar às vésperas de um grande feriado, não rende muito... Ainda mais um trabalho maçante que nem o meu: escrever calendário...

Bom, bem que minha mãe falava para eu estudar mais, me tornar um Astrônomo famoso. Desses que preveram o alinhamento da terra no centro da via Láctea em 2012. Ai ai... Isso deve assustar muita gente no futuro. Aff, nada de mais! É só a terra se movimentando e blá blá blá. Bom, mas o carinha aqui que descobriu isso ficou famoso e tudo. Foi até num programa de Entrevista: “Os Deuses querem saber”, com aquela apresentadora, Kolun Macatán.

Não que o meu trabalho não seja valioso. Esse calendário é muito complexo, mas sempre totalizam 365 dias. Aliás, já tá mais do que na hora de alguma pessoa, um Papa talvez simplificar esse negócio aqui. Sei lá, com uns numeruzinhos, dar algum nome ao conjunto de 30 ou 31 dias, enfim! Esses desenhinhos aqui são muito complicados e o processo que nos leva a compor os 365 dias são quase impossíveis! É... eu sou importante...

Ai, nossa, ta difícil isso aqui! 15 de Dezembro de 2012, 16 de Dezembro de 2012... Ai, por Gucumatz! Por Tepeu! Por todos os deuses! Quero meu feriadoooooo. Vem nimim feriado! Vem nimim... To cansado... 19 de dezembro de 2012. 20 de dezembro de 2012... Ah, blagh! Quer saber? Vou parando por aqui, que eu ganho mais! Ninguém vai querer conferir este calendário mesmo. Além do mais, duvido muito que meu chefe esteja vivo em 2012 para perceber que parei o calendário por aqui hehehe... Ah, que os outros povos o completem, ou o modifiquem, ou que pensem que o mundo vai acabar, sei lá...”

Wednesday, November 16, 2011

Programa de Índio

Campinas. Feriado. Tarde chuvosa. O que fazer? Uma boa parte da cidade decide procurar um dos vários shoppings da cidade para tomar um lanche... para ir ao cinema... para jogar conversa fiada com os amigos ou... sei lá-pra-quê. O fato chega a ser curioso, pois a nem a fila imensa no portão de entrada é capaz de afugentar os frequentadores, tampouco o congestionamento do estacionamento (a rima é até bonitinha, mas não há beleza alguma na prática), muito menos a fila do cinema, do lanche, da espera por uma mesa maior, a fila para validar (pagando-se, óbvio) o ticket de saída... Enfim, são tantos os motivos que me afastaram deste centro comercial por meses que, num momento insano tive a brilhante ideia de assistir ao psicótico "A pela que habito". Sabia o que ia enfrentar, mas, enfim... Uma vez só não faz mal. Tudo bem que dos vários guichês de antedimento no cinema, menos da metada funcionava. Tudo bem que das 4 máquinas de autoatendimento para comprar as entradas, somente duas operassem (aliás, uma apenas precisava de uma rélis bobininha de papel...). Tudo bem. É Almodovar! Vale a pena. E teria valido mesmo, não fosse pela saída conturbada do Shopping. Na saída, para aquela multidão, apenas 3 máquinas para validar o ticket do estacionamento. Não fazia diferença ser gestante, ter bebês no colo ou mais de 65 anos. Todos eram iguais e estavam à mercê das maquininhas que, vira-e-mexe, resolvem emperrar. Na longa fila que estive, fui informada, quando só faltavam umas duas pessoas antes de mim, que a máquina, embora informasse o contrário, não aceitava nada além de notas de dois reais ou moedas de um real. POr sorte, remexi a bolsa e encontrei as notas; outros não tiveram a mesma sorte e foram se aventurar em outra fila. Depois, a máquina emperrou. Engoliu um cartão e demonstrava que não largaria de jeito nenhum! Resolvi não deixar o shopping estragar minha beleza e rumei com meu namorado para uma outra entrada. Pelo menos não chovia e fomos caminhando por fora. FInalmente, após mais uma fila conseguimos exercer nosso direito (ou dever, nem sei mais) de pagar o estacionamento e sair dali. Que saudades do Windsor, Bristol, Jequitibás... Viraram igreja. Talvez seja bom passar para dar uma rezadinha para que algumas pessoas vejam a luz do bom senso.

Thursday, November 10, 2011

Eu também quero falar sobre o episódio da USP

Numa guerra há quem esteja  errado ou certo? Não. Óbvio. Cada um defende o que julga ser a verdade. Palavra chata e incômoda. Deveria ser banida de todas as línguas de nossa singela humanidade. Uns se sentem perseguidos; outros que devem perseguir. Mas cada um, cada grupo, com sua inquebrável verdade. Que ilusão pensar que autenticidade existe. Quebrar um prédio, enfrentar polícia, fazer um cartaz e ter um blog (como este, diga-se de passagem)...; Prender alunos, ser da polícia, dar entrevisat e fazer discurso...Ninguém tem um pensamento puro. Refletimos vozes, pensamentos e ideologias. Ninguém, em tempo algum, criou um pensamento único, inédito, puro de influências. O que se faz, todo o tempo é escolher uma corrente, ou um lado, uma estrada. Mas ninguém caminha sozinho. Claro, há quem se sinta vítima de uma perseguição platônica , se sinta um ser só lutando contra o famigerado “sistema”, ignorando de que, com isso, se torna ainda mais parte dele.

Por que sempre querem eleger o lado vencedor e perdedor? Mais uma vez: o certo e o errado? O bom e mau? Quem vai pro céu e quem vai pro inferno? Não gosto de alguns antônimos... São praticamente dêiticos  porque a todo o tempo mudam de lado, mudam de dono, mudam e se confundem. Assim como os conceitos... Nenhum dicionário dá conta de estabelecer significado para o que é distorcido e relativizado em favorecimento próprio. Afinal, o que é segurança? O que é protestar? O que é justiça? Estudiosos vão morrer tentando explicar e nem entre si concordarão. Cada um com sua linha. Ah, sim... E discussões conceituais não vêm de hoje. Com um pouco mais de inteligência os grandes filósofos da era clássica faziam isso. Passavam um bom tempo explorando possibilidades para conceituar os mesmos temas complexos que seguimos pensando entender. E a conclusão mais sensata que um certo Sócrates (não o jogador de futebol) chegou parece esquecida no meio dos grandes conflitos: “só sei que nada sei”.

O que acho mais interessante sobre a VERDADE (dos fatos, das coisas, da história etc etc etc), e agora é a minha vez de mostrar um pouco da minha, mesmo sem ter a intenção de convencer qualquer outro ser-com-suas-verdades a acreditar no que digo, é que se faz muito barulho pra pouca atitude. Sócrates preferiu beber um cálice de veneno para defender o que acreditava.Quem tomaria este cálice por sua verdade? O Governador? A polícia? Os estudantes da USP? Eu?

Thursday, September 15, 2011

Fabricação 1985/ Modelo 2012

Aprender a dançar.
Aprender a nadar.
Aprender a tocar flauta
Aprender estacionar o carro
Correr mais
Festejar mais
Sorrir mais
Tolerar mais
Reclamar menos
Trabalhar menos
Desperdiçar menos
Esperar menos
Ler melhor
Escrever melhor
Ouvir melhor
Ser melhor

Ser a inspiração de alguém
Ouvir história dos idosos
Escrever para quem merece
Ler o que me faz feliz
Esperar só o que depende de mim
Desperdiçar as críticas infundadas
Trabalhar mais pelo outro
Reclamar mais por meus direito
Tolerar as palavras amargas
Sorrir pro sol e pra chuva também
Festejar com quem vale a pena
Correr atrás do que acredito
Aprender o que são 200 Km
Aprender que há vários mundos no mundo
Aprender a enxergar os meus tesouros
Aprender a dizer as coisas simples que desejo

Wednesday, September 14, 2011

Nem morto... mesmo!

A vida aqui no cemitério é muito sossegada. Vem um ou outro me visitar, com aquelas florzinhas-fedidas-de-difundo. Poxa, bem que podiam trazer um chocolatinho, uma cervejinha... Tá certo que agora eu literalmente sou um saco sem fundo (hahahah!!) e daí a comida vara pro chão, mas só o cheirinho já seria ótimo.
Os meus novos amigos? O pessoal aqui é legal, sim. Tá certo que tem uns metido a besta e tudo, mas são coisas da vida - ou da morte. Levei foi é sorte de não ter nenhum parente meu por aqui. Por pouco não virava vizinho do meu cunhado lá nos Amarais, vejam só.

Agora, quem mais me espanta por aqui é o Dr. Lucas. Aliás, nem sei sei é Dr. de hospital, Dr. da justiça, ou Dr. de nascença mesmo. É assim que ele gosta de ser chamado. Chegou faz pouco, trazido por um cortejo muito elegante da alta sociedade. A nova casa dele é até bonita, mas ele divide o espaço de granito com mais umas par de gente. Tão meio amontoados, na verdade. Deve ser por isso que o coitado reclama dia e noite. Sente falta da vida que tinha. Morava numa casona e não dividia nada com ninguem. E o pior é que o coitado nem tinha tempo de desfrutar a piscina, a churrasqueira e o cinema que ficavam dentro da mansão. Sei lá o que fazia, mas dizem que trabalhava muito e estava sempre sozinho porque a mulher e os filhos estavam preenchendo o tempo no estrangeiro. É um cara curioso, esse Dr. Lucaas. Passa o dia inteiro observando as outras almas penadas, como se a gente fosse um bicho estranho, sei lá. Somos só pessoas mortas! Simples assim. E ele fica pedindo as coisas, quer que a D. Luiza limpre o seu túmulo, que o Seu Florêncio organize as flores, e que a Andreia, uma moça cantora, cante pra ele... Só não fala com os coveiros porque sabe que não podem ouvir o que falamos.

É claro que ninguém dá bola, afinal estamos mais preocupados em descansar em paz, óbvio. Não, não é chato aqui não. Visitamos uns aos outros e gostamos de sentar à noite pra contar nossas histórias: nossas famílias, nossas conquistas, nosso legado. Tudo o que deixamos pra trás. Boas lembraças. Dr. Lucas não particpa. Ou ele não lembra ou não tem o que dizer, como diz seu vozinho. Às vezes eu até penso em ir conversar com ele. Trocar umas ideias. Um dia até tentei puxar um assunto, mas o sujeito é arrogante que só. Tudo porque sou uma alminha que teve vida simples... Agora isso não faz mais diferença. Curioso que mesmo os menos inteligentes se dão conta que por aqui o dinheiro, a vaidade e o poder não importam. Somos iguais deste lado; todos dormimos debaixo da terra.

Hiiiii, lá vai ele gritar de novo com Seu Florêncio. Quer exigir que ele pegue as folhas secas do vasinho que deixaram já há mais de um mês. Bom, Dr. Lucas deve ser desses homens fortes, que não desistem nem depois de morto.

Saturday, September 3, 2011

Fidelidade

Se tivesse eu sido fiel ao teu segredo teria evitado muito sofrimento:
O seu, que ficou anos calada, a amargar a traição do segredo
O meu, por me ver sem dois bens preciosos
E o do segredo, por ter em algum momento sido revelado

Monday, August 29, 2011

Resumo do domingo

O macarrão azedou
O gato me arranhou
O time do coração perdeu
Dom Bruno morreu
(E um sonho de fim-de-semana também!)
Cheguei à seguinte conclusão:
Coincidência é deixar de ser a pessoa certa na hora errada
...
Mas amanhã... Algo e novo e bom ainda pode acontecer!

Sunday, August 28, 2011

Os conselhos do meu amigo Pessoa

Vez ou outra me lembro de Pessoa, na mesa do bar, me dizendo:
''Ama, bebe e cala. O mais é nada''
E daí me pergunto por que me preocupo tanto com o que há de vir,
Já que sequer posso tocá-lo...

Uma croniquinha do morar-sozinho

Quando moramos sozinho podemos chegar a duas conclusões distintas: a primeira, é que é ótimo sair sem preocupações ou dar satisfações a alguém; que é maravilhoso poder dormir sem arrumar ''aquela'' bagunça; que não tem preço a tranquilidade de receber quem você quer, na hora que você quer; que não é necessário cuidar de mais ninguém além de você próprio; você se sente forte e autossuficiente! A segunda conclusão é que é muito triste chegar em casa e não ter para quem contar como foi o dia, os seus sucessos e as broncas do chefe mala; que é muito sem graça sentar-se para comer sem ninguém ao lado; que o espaço tão pretendido está agora um pouco grande demais para você; que você pode ir aonde quiser, mas não tem ninguém para acompanhá-lo; que não é necessário cuidar de mais ninguém além de você próprio, mas que não pode contar com mais ninguém para cuidar da sua gripe, sua indisposição e até do seu mau humor; você se sente frágil e sozinho. É... Vai depender do seu gosto e de sua visão sobre o que seja liberdade.

Saturday, August 27, 2011

Sabedoria Popular - a minha

Depois de Inês Pereira, a minha ''sabedoria-popular'' atual diz que:
É melhor um Uno que me leve do que um Porsche que corra muito, tenha um motorista bêbado
e, a 200 Km/hora, me mate numa árvore

Amadurecência

Será que alguém neste mundo ainda pensa em dividir algo?
Dividir o pão? Dividir um sonho?
Dividir a vida? 
Só me resta entender se não divide porque não quer, ou se porque não tem...

Wednesday, August 24, 2011

Preparada para uma surpresa?

Um ano, dois, três... O tempo? Não importa
Eu só quero estar com você, fazendo as coisas mais simples da vida:
Deixando você afagar a minha mão,
Deixando que me faça um monte de coceguinhas
Deixando que prepare a janta do sábado

Eu só quero caminhar no parque... juntos
Quero sentar no boteco da esquina... juntos
Deitar no sofá para um filme velho... juntos
Planejar uma viagem maluca... juntos

Eu nunca vou esquecer esse dia
O beijo
O abraço
O carinho
O amor

Mesmo que não dure pra sempre
Ainda que você se esqueça da data
Nada pode apagar a surpresa que tive esse dia
E continua a me encantar enchendo minha vida
De alegria e paz
De que mais precisarei eu?


Ordem do dia

Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
S                              O                             N                             H                             o             ZZZ
Projeto=================================================Dinheiro
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho
S                              O                             N                             H                             o              ZZZ

E EU QUERIA TÃO pouco

Wednesday, August 10, 2011

Escrever é esquecer

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Tuesday, August 9, 2011

Uma tradução: Love is not a fight


O amor não é um lugar para ir e vir só quando temos vontade
O amor é uma casa onde entramos
E nos comprometemos a não sair
Então, feche essa porta aí atrás de você
E jogue fora a chave

Vamos fazer isso juntos

Vamos deixar o amor nos render


O amor é a proteção em tempestades tenebrosas

O amor é a paz no meio de uma guerra

E se tentar abandonar o amor

Talvez até Deus envie uns anjos pra guardar a porta

Não, o amor não é uma luta

Mas é algo pelo qual vale a pena lutar



Para alguns, o amor é só uma palvra

Na qual podem se apoiar

Mas, se algo dá errado

Mantê-la é muito difícil, quase impossível

O amor pode até nos salvar, se apenas o mencionarmos

Ele nunca pede nada

Mas nós queremos dar nosso tudo


O amor é a proteção em tempestades tenebrosas

O amor é a paz no meio de uma guerra

E se tentar abandonar o amor

Talvez até Deus envie uns anjos pra guardar a porta

Não, o amor não é uma luta

Mas é algo pelo qual vale a pena lutar

Monday, August 8, 2011

Cachaçaria


A cada dia aprendo que não sei nada
Não sei cultivar uma muda no jardim
Não sei ouvir a ópera e ficar calado
Não sei dar cambalhotas como o palhaço

Também não sei conduzir nos atalhos
Ou mesmo fazer algumas curvas do caminho
Ao menos se as placas estivessem corretas...
Mas não sei; não confio no que estão me dizendo
Não sei como prender a respiração debaixo d'água,
Não sei fritar um ovo sem estourar a gema
Não sei atravessar a rua em cruzamentos
Não sei desligar o despertador de manhã
E ele toca, toca, toca...
Não quero saber todas as coisas do mundo
Tampouco quero fingir saber o que pensam revelado
Só quero aprender como viver essa vida obvia
E quero saber como é cara da felicidade quieta na outra janela
A me obervar nestes dias de chuva

Monday, June 6, 2011

Eu nunca tinha botado reparo como tem palavrinhas parecidas

PRE
      SEN     TE
      AGUÇA
P  R  E  SEN  T  E
P  R  E  SEN  Ç  A
      TE
      AGUÇA
      S   E   N    TE
                            PRE

Os meus jantares

Mamão com banana
Laranja com mamão
Banana com Laranja
Fruta ou não?

Um pão de queijo?
Suco ou sopa em pó?
Humm... é melhor não
Banana, laranja e mamão

Sujar pra que? Pra quem?
Preparar pra que? Pra quem?
Tenho a praticidade, então
Laranja, banana e mamão

Às vezes me acho tão parecida com minha mãe

As vezes me acho tão parecida com minha mãe
Não na aparência física, como muitos dizem, mas por achar que a felicidade está nas coisas mais simples. Não é na mansão que está a felicidade, mas sim, no conceito do que venha a ser verdadeiramente um lar: um cúmplice pra me dar os braços, os filhos pra me darem a certeza da eternidade e um cachorro que me lembre o quanto não sei nada...
A vida é bem mais simples do que a pintamos, afinal. Pra que se preocupar tanto? Com o problema? Com o dinheiro? Com o amanhã? Sempre, uma hora ou outra, de um jeito ou outro, as preocupações se dissipam e logo aparecem novas. Tudo passa... O que fica mesmo é o sorriso, é o abraço apertado, a saudade do que não volta... Ah, isso sim... (Vale a pena e é simples, não?)
Serei parecida com a minha mãe quando me sentir só. Não somente por não ter pessoas por perto, mas por não ter pessoas que pensem junto comigo. Que sonhem comigo. Não o mesmo sonho, mas as mesmas ideias ou os mesmos ideais
Se olho pro futuro (olha eu um pouco preocupada aqui), quase posso prevê-lo. Ainda haverá nele o sorriso, o abraço apertado...  e inevitavelmente a saudade do que não volta mais.

Thursday, April 7, 2011

Um poema pra você

Tanta coisa queria dizer a você
Mas apenas direi que te amo
Mesmo que eu pegasse as mais belas palavras
Para expressar
Seriam poucas pra eu mostrar
A beleza do  meu amor por você

E eu queria poder te entregar
Todos os presentes do mundo
Mas mesmo que eu roubasse toda riqueza
Para expressar
Seria pouco pra simbolizar
O valor do meu amor por você


Realmente:
Não tenho as palavras certas
Não tenho riqueza alguma
Só tenho o que sinto
E o grande desejo de te ver feliz!

Crônica das provas

Eu era jovenzinha quando minha mãe ficou muito doente. Um câncer raro-fuminante-injusto que a fazia, dia-a-dia, quebrar ossos com uma facilidade absurda. Já não podia andar e, em nossa casa, pra levá-la ao banheiro, eu tinha que levantá-la para que descesse um degrau alto da porta. Houve um dia em que eu estava sozinha com ela. Fiquei com medo se algo acontecesse. Foi, então, que um ser me apareceu e disse:

-Olá. Sou Deus!

Meu olhar de incrédula, dominou minha fala e me fez cuspir um: “Ah, é? Então prove!”

O sujeito apenas desapareceu e fiquei o dia todo com minha mãe. Aquele dia, ela estava se sentindo mal e fomos muitas vezes ao banheiro. Eu a levantava e a ajudava descer a escada. No final da noite o meu pai chegou e, ao auxiliá-la, com mesmos gestos e cuidados, o terrível aconteceu: suas pernas caíram como se soltas dentro da pele. Todos nós ajudamos até que a ambulância veio e a socorreu. Os médicos explicaram que os ossos estavam muito fracos e aquilo era pra ter acontecido muito antes. Era para ter acontecido enquanto eu estava sozinha e não sei contar o que teria sido da situação se eu realmente esivesse só com ela. Depois disto, ela partiu... Talvez ao encontro deste ser.


Passado algum tempo, inciei faculdade. Sonho de criança. Chegava muito tarde em casa, início de madrugada,  e caminhava alguns metros sozinha. Certa noite, entre a o deserto das ruas, o ser novamente apareceu e disse-me:

- Olá. Sou Deus!

Minha resposta, mais uma vez cética, foi: “Ah, é? Então prove!”

Como sempre, desapareceu. O que surgiu fooi um homem, estatura mediana, cabelos grisalhos, na esquina da rua. Estava parado, olhando em minha direção. Senti um medo incontrolável, com as pernas bambiando, como se um sinal de alerta estivesse ligado. Ao invés de prosseguir, decidi voltar e me escondi atrás de um caminhão. Liguei pro meu irmão e pedi que fosse me buscar. Quando ele abriu o portão de minha casa, o homem estava parado no muro, como se me esperando. Nunca mais o vimos ou soubemos dele.


Tinha acabado de capotar meu carro, meio inconsciente, quando o ser apareceu com sua frase de sempre:

- Olá. Sou Deus!


Ele sabia que já estava convencida, mas, pra não perder o jeito, fiz questão de perguntar: “Ah, é? Então prove!”

Acordei com uma voz me chamando, no meio da rodovia: “Ei, moça, saia do seu carro. Consegue? Um caminhão vai passar e te jogar longe”.  Despertei-me de vez! Consegui sair andando, com calma e me sentindo muito bem – sobretudo considerando o estado do carro; ou melhor, o pequeno pedaço que sobrara dele.


A última vez que tinha visto o ser tinha ocorrido há pouco tempo. Era  muito tarde e estava andando por meu novo bairro, decorrente de uma condução mal tomada. Desci longe de casa e, ao ver o breu e o deserto do bairro, tremi.

- Olá. Sou Deus!

Como, nas outras vezes, o desafio havia provocado coisas boas, decidi dizer: “Ah, é? Então prove!”

Surgiu atrás de mim uma moça, muito gentil, dizendo:

- Moça, tá com medo?

Eu disse que estava sim e que morava um pouco longe. Ela indicou o caminho da casa dela e sugeriu caminharmos juntas. Ela morava ao lado de meu prédio.

E faz um tempinho que  o Ser aparece todos os dias. Mas agora, já não faço tal pedido. Aproveito para falar sobre outros assuntos...

Eu odeio fanatismo religioso!!!!

Pra que discutir?
Fingir o que não se sabe?
Pra que condenar se o que vale é o amor?
Fazer o bem, sem direção, sem medição
E apenas amar, mesmo se a cor da bandeira for outra

Pra que iludir?
Mentir pra criar uma verdade
Pra que manipular, se o que vale é o amor?
Fazer o bem, sem direção, sem medição
E apenas amar, mesmo se não for correspondido

Pra que persuadir?
Sem aceitar outra verdade
Falar do bem, mas espalhar a maldade?
De nada isso vai adiantar, nada mudará
Pois basta amar, sob qualquer condição ou circunstância