O que eu mais quero nesta vida
É acender uma boa idéia
Para ascender na profissão
Usaria uma broxa e então pintaria
Talvez uma brocha e pregaria, então
Sei que se muito eu sevar
Vou cevar todos os meus sonhos
Mas não quero me cegar
E minha essência não vou segar
Um dia, como um Xá eu vou estar
Em meu palácio tomando chá
Nunca caçado, tampouco cassado
Estático em minha posição, posso
Ficar extático em meus pensamentos
Tudo poderia: taxar para o luxo manter;
Tachar para conservar todo o meu poder
Agora vou pegar aquela velha maça
Misturar tudo e fazer uma massa só
Mas sou um cara decente que
Descende de família eminente,
Sem qualquer iminente mal
Afinal, o meu único pleito
É para que um dia te faça um preito
E torne sorte o que hoje é azar
Para enfim desejar o teu corpo inteiro
Sem medo, sem temor, sem receio
O que mais desejo nesta vida
É ter um assessório para me orientar
A escolher sempre o melhor acessório
Pois não sei se me serviria o aço
Ou se asso o que não mais quero
Já também não sei onde pôr o acento
E naquele assento fico a esperar
Uma pessoa tão sédula que consiga
Me enxergar além do que é cédula
Pois tudo agora parece forte cerração
Com uma serração quase a me recortar
Talvez seja apenas uma sessão de nostalgia
Sem cessão de alegria na seção da euforia
E minha última esperança é ir ao concerto
Para ver se conserto tudo o que não sou
Mas sou um cara decente que
Descende de família eminente,
Sem qualquer iminente mal
Afinal, o meu único pleito
É para que um dia te faça um preito
E torne sorte o que hoje é azar
Para enfim desejar o teu corpo inteiro
Sem medo, sem temor, sem receio
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