Friday, May 25, 2012

Espelho

Hoje eu não queria postar nada. E ao mesmo tempo queria gritar aos quatro cantos para que um só me ouvisse... Mas o que adiantaria? Não faz a menor diferença a dor, a lágrima, a tristeza. Então não quero falar nada que faça sentido. Aliás, já não sei o que faz sentido. Não sei onde me perdi, em que parte do caminho me encontro. Talvez eu não esteja em caminho nenhum. Eu sou boa de dar direções pros outros. Depois que eles se encontram, se vão. E consigo levam parte do que achei ser, levam o brilho do meu olhar. Levaram-me tudo. É a impressão que tenho. Ah, não me venham com os discursos prontos! De que adiantou ser tão querida, tão doce, tão educada, tão esforçada, tão companheira, tão perfeita??? Meu Deus, acho que eu quis sim ser perfeita! Não adiantou nada, porque ninguém conhece o que está oculto. Sentimentos. Química. Matemática. Poesia. Um bando de palavras impensadas. E de repente os próximos cinquenta anos se passaram em rápidos meses. E de repente outra pessoa sentou na minha cadeira. A cadeira nunca foi minha, com certeza. Cabe aqui um por que? Não sei. Não há respostas para o sofrer, já diziam os poetas. Nõa há respostas para nada. Apenas há perguntas que nunca calam e nunca se calam. Um infinito de dúvidas. Um infinito de aperto no peito. Um infinito de frio... Acreditei demais? Acreditei de menos. Não acreditei em nada. Não acreidtei em mim. Não quero revisitar alguns lugares. Não quero mais nada. Eu me vergonho de mim mesma. Que Deus me ajude a esperar o tempo passar. Que as portas se abram! Como algo tão bom se torna algo tão ruim, amargo? Eu só preciso acreditar que o dia bom é amanhã. Amanhã é o dia perfeito!

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